O sofrimento
inexplicável
Jó 40:1-14
"Farás tu vão também o meu juízo, ou me condenarás para te
justificares a ti?" (v 8).
Num dramático e extraordinário momento, Deus, no meio de um
redemoinho, dialoga com seu servo Jó, e está para ensinar-lhe, bem como ao seu
povo em todos os tempos, um precioso preceito: a sua soberania é santa!
Jó era um homem justo e temente a Deus quando passou a ter
problemas na vida: perdeu seus bens, seus entes queridos e sua saúde. De homem
próspero, tornou-se um pária, um enjeitado de sua arrogante sociedade. Sob
intenso sofrimento, Jó procurava entender as razões, os porquês de tantas
humilhações. Partia de um princípio simples: os sofrimentos seriam punições por
atos maus, uma variante da frase 'tudo que aqui se faz, aqui se paga'. Jó não
podia entender seus sofrimentos já que era justo, temente a Deus e observador da
lei. Porém, quando chegou o momento, quando seu cálice de dor se encheu, Deus se
apresentou para pessoalmente esclarecê-lo.
Nosso verso expressa o princípio máximo do reino de Deus: tudo
que Deus faz é santo e justo, mesmo que provoque muito sofrimento!
O povo de Deus não é chamado para ajuizar Deus por seus
sofrimentos; isso tão-somente colocaria sobre Deus os nossos critérios de
justiça, transformando-o em mero homem limitado por códigos de ética, de
moralidade ou justiça. Condenar ou justificar Deus por suas ações, mesmo aquelas
que nos afetam direta e profundamente, é total absurdo! Demonstra insensatez
espiritual, desconhecimento da grandiosidade, da liberdade e santidade do
Criador! Olhar além das ondas negras de nossas mazelas, confiando nas qualidades
do Senhor, é toda nossa consolação!
Senhor Deus. Muitos são os nossos problemas inexplicáveis,
muitos provocadores de sofrimentos inarráveis. Porém tua palavra nos exorta a
jamais ajuizá-lo, mas confiar em tuas qualidades, pois está escrito que 'tudo
contribui para o bem dos que te amam'. Queremos confiar sempre. Em nome de
Jesus. Amém.
PASC