quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A Absoluta Graça Salvadora

A Absoluta Graça Salvadora
1 Timóteo 1:8-17

"Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação: que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal" (v 15).

                 Nosso irmão Paulo escreveu a Timóteo, seu dileto discípulo, sobre o grande perigo das heresias ou falsas doutrinas, cujo objetivo maior é sempre a exaltação do homem (vv 6 e 7). Afirmou ainda que a lei fora dada aos pecadores, para revelar as suas lamentáveis situações diante do Santo de Israel, não para justificá-los. A lei é sempre boa, ensina-nos (vv 8 e 9), mas não é feita para o justo ou puro; como todos nascemos sob a lei, somos todos tidos por transgressores ou injusto (Salmos 51:5).
Não se excluindo do grupo dos piores pecadores, Paulo testemunha aqui a razão de sua salvação: a misericórdia divina! Nada era e nada possuía que pudesse mover Deus a salvá-lo, honrando-o com os títulos de 'filho de Deus' e 'amigo de Jesus'. Mas indo mais longe, Paulo revela a razão que moveu a misericórdia de Deus a salvá-lo: a soberania divina! – "Para que Cristo Jesus mostrasse toda sua longanimidade, a fim de que servisse de exemplo aos que haviam de crer nele para a vida eterna" (v 16).
A salvação de Paulo, como a salvação de todo homem, é conseqüência da misericórdia de Deus; esta, no caso de Paulo, foi movida para expressar a longanimidade de Jesus, a fim de servir de exemplo aos crentes! Tudo, absolutamente tudo, sob o poder da Trindade! É assim, nessas condições soberanas, que surge a radiante Graça, a representar o amor, a misericórdia e o poder divinos! Qualquer inclusão humana nesse extraordinário ato é mera soberba enganosa, que mais dia ou menos dia encontrará firme oposição do Senhor, que sempre "Resiste aos soberbos" (Tiago 4:6).
Senhor. Muitos dos seus filhos se encontram sob as malhas de más doutrinas, acreditando possuírem valores pessoais, hereditários ou adquiridos, e até mesmo poder decisório para movê-lo a salvá-los! Por favor, Senhor! Liberte-os desse jugo enganoso, por amor ao seu nome, e apresente-lhes, na profundidade de seus espíritos, as suas razões soberanas, que sempre lhe glorificam! Em nome de Jesus. Amém.
 PASC


O Retorno de Manassés

O Retorno de Manassés
2 Crônicas 33:9-16
 
                   E lhe fez oração, e Deus se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e o tornou a trazer a Jerusalém, ao seu reino. Então conheceu Manassés que o Senhor era Deus” (v 13).
Ezequias foi um grande rei em Jerusalém, agraciado com inúmeras bênçãos por Deus. Lutou contra a idolatria de Israel, destruindo ídolos, altares e fetiches. Seu filho Manassés assumiu o trono aos doze anos de idade e reinou por cinqüenta e cinco anos em Jerusalém. Ao contrário do pai, Manassés reavivou a idolatria, construindo altares aos deuses pagãos, inclusive dentro dos muros do templo consagrado a Jeová! Fez passar seus filhos pelo fogo, usou adivinhos, feiticeiros e encantadores, trazendo sobre si a ira de Deus: “E Manassés tanto fez errar a Judá e aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior dos que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel” (v 9). Que tragédia!
Mas o tratamento espiritual de Manassés veio através das próprias nações pagãs, das quais retirara muitos dos seus ídolos! Os assírios, violentos guerreiros, prenderam Manassés e o levaram acorrentado como um animal para Babilônia. Humilhado, desterrado, maltratado por inimigos ferozes e sem poder contar com a ajuda de seus ídolos, Manassés fez a única coisa correta: olhou aos céus e suplicou a Jeová - “Orou deveras ao Senhor seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seu pai” (v 12).
Na sua terrível humilhação, Manassés foi ouvido por Deus, que o livrou não só do cativeiro como o restabeleceu no trono em Jerusalém; e, após esse tratamento contra sua soberba, Manassés veio a conhecer verdadeiramente que o 'Senhor é Deus'.

                   O texto nos ensina a importância do foco de nossa religiosidade. Quando fora da pessoa de Deus, servindo ídolos mortos, idéias, pensamentos, valores morais ou materiais, enquanto os acontecimentos são favoráveis, o homem se exalta e continua na servidão; porém, quando as águas são amargas, quando as tempestades se abatem, ele não pode contar com essa religiosidade; entra em pânico e em desespero! Nessa hora, como é bom poder recorrer ao fiel ‘Deus de seu pai’, e a ele se entregar! Ele é pessoa, ouve, fala, se compadece, pode ajudar e dar livramento!

                   Mas antes, devido a rebeldia soberba, deve vir a humilhação, meio que expõe a real natureza humana, nua e cruamente, que horroriza e leva o homem a ansiar pelo Senhor. Nessas condições, o coração benigno de Deus, movido pela misericórdia, perdoa e dá nova vida em Cristo Jesus. Cada um de nós, povo de Deus, trazemos as marcas de muitas humilhações ou domas, após as quais passamos a testemunhar que o 'Senhor é Deus'!

                   Senhor. Cada membro de sua Igreja reconhece que o ‘Senhor é seu Deus’. Nossas humilhações são pessoais ou particulares, por isso variadas, não existindo duas idênticas. Porém, no tempo certo e sob sua correta disciplina ou doma, olhamos para os céus, sendo agraciados com a visão de sua soberana pessoa. Damos graças por cada uma de nossas tragédias pessoais, necessárias para nosso quebrantamento. Em nome de Jesus. Amém.
PASC

Os de Beréia

Os de Beréia

 

Atos 17:10-11 

 

“Ora este foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (v 11).

 A atividade apostólica em Beréia foi em tudo especial, sendo a Igreja local honrada por Deus como 'nobre'. Os bereanos receberam a palavra com disposição, interesse e zelo. Não ridicularizaram o ensino apostólico que apresentava Jesus como o Salvador e Filho de Deus, crucificado, morto, ressurrecto e assunto aos céus, de onde viria em breve para buscar sua Igreja! Não! Foram à Bíblia conferir, comparar os textos, estudá-los e ver se comprovavam ou não aquilo que lhes era ensinado! Reuniam-se diariamente e estudavam as Escrituras, comparando a nova mensagem com todo seu conteúdo; e assim, não só foram transformados pelo Evangelho como contribuíram para que outros também fossem alcançados!

                   Não nos compete julgar ninguém, nenhuma congregação cristã ou ímpia. Porém a Bíblia sempre julga! Ela discerne e tem autoridade para dizer que, em que pesasse a nobreza dos irmãos de Tessalônica, a dos bereanos era maior! E por que? Porque estes foram conferir nas Escrituras aquilo que lhes fora ensinado; porque acreditavam que a Bíblia era a palavra final sobre qualquer teologia; porque se pautavam na Bíblia e não em poder humano para conclusões doutrinárias! Essa atitude de extremada confiança na Bíblia foi por Deus considerada 'muito nobre'!
O comportamento dos bereanos deve servir de exemplo à Igreja de todos os tempos, principalmente em nossos dias onde abundam as heresias.

                Senhor. Leve-nos sempre à sua palavra. Que ela seja em nossa vida a última palavra em qualquer assunto, pois a Bíblia é o meio pelo qual o poder de Deus se expressa. Em nome de Jesus. Amém.
PASC