sábado, 15 de novembro de 2008

O Renovo do Senhor

O Renovo do Senhor

Isaías 4:2-6

 

"Naquele dia o Renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória" (v 2).

 Há cerca de setecentos anos antes do nascimento do Senhor Jesus, Israel não era diferente das nações de hoje. Vivia sob intensa opressão, interna, por conta da corrupção e maldade do povo e de suas autoridades, e externa, pelos seus inimigos. Os pobres eram humilhados, as viúvas e órfãos desamparados, os poderosos acumulavam mais e mais riquezas, as perversões e corrupções eram abundantes, exatamente como em nossos dias. A religião era de fachada e os rituais, vazios de significado. Cada um vivia como queria. Foi nesse cenário espiritual desolador que Isaías pregou. Ele embelezou a todos com a magnificência do Senhor Jesus, o Renovo do Senhor! Setecentos anos depois dessas palavras, veio ao mundo o Santo de Israel, o Salvador, a Vida. Nasceu em Belém, segundo profetizado (Miquéias 5:2), o Senhor de Israel! Aí está a fidelidade e o poder de Deus: faz cumprir sua palavra!

A humanidade desavisada pode se assegurar que Deus sempre faz cumprir sua palavra. Por isso, é sinal de prudência dar ouvido a ela, pois provém do Deus que não mente e nem muda. E ela diz: "Aquele que crer no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (João 3:36). E essa fé na divindade de Jesus é de origem divina, dada graciosamente por Deus; é fruto da regeneração (Efésios 2:8).

Suplicar, pois, pela fé que salva é a única atitude do homem para o livramento eterno de sua alma. E essa súplica converge à magnânima pessoa do Renovo do Senhor, cheio de beleza e de glória: o Senhor Jesus Cristo!

Senhor. Ainda que não possamos contemplar a glória celestial de seu Filho exaltado, o Senhor Jesus, aguardamos na sua palavra o momento em que o veremos como ele é: radiante, cheio de beleza e de glória. Em nome de Jesus. Amém.

 

PASC

A vitória sobre o medo

A vitória sobre o medo

Isaías 41:8-14

 

 

"Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita, e te digo: não temas, porque eu te ajudo" (v 13).

Vivemos dominados pelo medo: medo disso, daquilo, de sofrer, de morrer, de adoecer, da miséria, de viver, etc. Não tem fim o medo da humanidade! Não conhecemos o futuro, mas vivemos amedrontados o presente! Tão amedrontados que muitos preferem a morte: morrem de medo!

Porém o povo de Deus é exortado a não ter medo! Como fazer? Como podemos banir o medo do nosso viver? Como podemos viver num mundo tão tenebroso sem medo? Quando sabemos que nossa natureza não possui poder para o livramento do medo? Como agradar a Deus, erradicando o medo de nossa vida?

A resposta bíblica é clara: olhando e confiando no Senhor!

A lógica espiritual nos informa que só podemos confiar em Deus, em sua palavra, no seu poder. Quando sabemos e cremos que diante de qualquer perigo ou situação trágica ele nos toma na sua poderosa mão e nos ajuda é que vencemos o medo! E quando isso acontece a palavra de Deus é glorificada no coração do homem, e disso Deus se agrada.

Senhor Deus. Por conta do pecado, o homem é naturalmente medroso. Porém, por conta da salvação, somos exortados à coragem. Livre-nos definitivamente de todo o medo, mesmo aquele entranhado no mais íntimo de nossa alma, pois isso é agradável ao Senhor. Em nome de Jesus. Amém.

 

PASC

O transplante cardíaco espiritual

O transplante cardíaco espiritual

Ezequiel 11:14-20

 

 

"E eu lhes darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne"  (v 19).

Por conta de sua má conduta diante de Deus, Israel amargava um pesado cativeiro. Era escravo na Babilônia, a nação mais poderosa na época, devidamente erguida para isso. Longe de sua terra, de sua parentela, de seu templo, Israel sofria a dor do desterro físico e espiritual. Sentia-se abandonado por Deus, não se apercebendo da grande proximidade do Senhor. Homens foram então levantados para profetizarem e falarem as palavras de Deus, palavras essas que hoje compõem o cânon bíblico.

Através de Ezequiel, além das palavras de alegria e esperança pelo final próximo do cativeiro, Deus profetizou, para um futuro ainda distante deles, um grande acontecimento: o transplante cardíaco de Israel! Através dessa ação divina, Deus formaria um povo todo seu, que andaria nos seus estatutos, que guardaria e executaria seus juízos e que o teria como único Deus. Há cerca de setecentos anos antes do nascimento de Jesus, a Igreja já havia sido revelada!

A regeneração do homem - quando ocorre o profetizado transplante do coração duro e insensível às coisas de Deus, por outro sensível, contendo em suas 'tábuas de carne' as palavras do Senhor (2 Coríntios 3:3; Hebreus 8:10) -, é do princípio ao fim absoluta obra de Deus; fruto da infinita misericórdia do Santo de Israel.

Senhor Deus. Agradecemos pela extraordinária obra regeneradora, quando ficamos sabendo que o nosso coração de pedra, inimigo do Senhor, foi substituído por um coração sensível à sua palavra e capaz de agradá-lo com ações de graças. Em nome de Jesus. Amém.

 

PASC

A mente de Cristo

A mente de Cristo

1 Coríntios 2:11-16

 

 

"Mas o que é espiritual discerne bem tudo ... Mas nós temos a mente de Cristo"  (vv 15-16).

 

Era grande a confusão espiritual dos irmãos em Corinto. Não discerniam entre o espiritual e o carnal. O irmão Paulo foi duro com eles em suas cartas, e isso ficou registrado para a edificação da Igreja em todos os tempos. A essência desse ensinamento paulino é: o crente tem o dever de discernir entre as coisas de Deus e do mundo. Ou, colocado de outra maneira, entre a santidade e a carnalidade.

No texto, Paulo salienta que o cristão e o ímpio, ainda que semelhantes, não são idênticos. Possuem diferenças que necessitam ser conhecidas. Entre elas, a mente de Cristo. O homem natural ou ímpio tem a mente do mundo, o cristão, a mente de Cristo!

Como se sabe, a mente do mundo leva o homem ao egocentrismo, às concupiscências dos olhos e da carne e à soberba de vida, de onde emergem pensamentos e ações que desagradam ao Senhor, que se opõem a sua santidade, que fazem separação com Deus. Quem está na carne, diz-nos o irmão Paulo, não pode agradar a Deus (Romanos 8:8).

Mas ... e a mente de Cristo? O que vem a ser?

Paulo inspiradamente responde que ela é um atributo exclusivo dos homens nascidos do Espírito, ou seja, da Igreja de Jesus. Dela emergem uma nova maneira de ver e de pensar os acontecimentos. Essa mente, quando em exercício, permite ao homem discernir a fonte original de tudo. Através de sua ação, o homem é qualificado para distinguir a raiz de um simples pensamento ou desejo, até a de uma atitude pessoal ou de outrem. É pelo exercício desse novo atributo que o homem  pode agradar a Deus em pensamentos e ações.

Discernir todas as coisas, espirituais e carnais, é atributo exclusivo do homem regenerado, testemunho, portanto, de sua salvação. É parte da nova fisiologia humana, que permite à consciência dignificar e honrar o Senhor com pensamentos e ações santas. E esse discernimento vem pela mente de Cristo, nutrida exclusivamente pela Bíblia.

 

Senhor. Sabemos que temos a mente de Cristo. Pedimos que ela seja exercitada de modo que o Senhor seja sempre glorificado por nossos pensamentos e atitudes corretas. Em nome de Jesus. Amém.

 

PASC

A vida que vem da cruz

A vida que vem da cruz

João 12:32,34

 

 

 

"E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim" (v 32).

Diante dessa afirmação, a multidão que seguia Jesus retrucou: "Nós temos ouvido da lei, que o Cristo permanece para sempre; e como dizes tu que convém que o Filho do homem seja levantado? Quem é esse Filho do homem?".

Esse debate aconteceu no final do ministério messiânico de Jesus, próximo da traição, julgamento e morte. Estavam todos no Pátio do Templo, em Jerusalém, quando uns prosélitos gregos se aproximaram de Felipe, pedindo para verem Jesus. Ao ser informado, Jesus, que já estava sob a tremenda opressão dos dramáticos acontecimentos do fim e que culminariam na agonia mortal do Getsâmane, predisse sua glorificação pela crucificação, segundo o profetizado no salmo 22. Porém a multidão, liderada pelos fariseus, não puderam vê-lo como o personagem central desse salmo, e ousadamente indagaram: Quem é esse Filho do homem?

Essa é a indagação de toda a raça humana. Quando algum 'grego' se interessar pela pessoa de Jesus, invariavelmente ouvirá 'quando for levantado te atrairei'. Ninguém pode ver o Jesus glorioso sem passar pela visão do Jesus crucificado. É na cruz que se inicia o relacionamento do homem com Deus: morrendo com Cristo, ressuscitando com Cristo! Ninguém pode entrar no céu sem passar pela porta da cruz! E essa cruz é tanto atração como divisor da humanidade: ou será identificado com Cristo na cruz ou estará proclamando com a multidão 'Quem é esse Filho do homem?'. Não existe uma terceira via!

Senhor. Sabemos que os teus ouvirão a tua voz; e ela os levará a não só contemplá-lo na cruz como a se identificar contigo na crucificação. Tua voz os levará ainda a se identificarem contigo na tua ressurreição, recebendo uma nova vida, vida emanada, guiada e preservada por ti. Em nome de Jesus, agradecemos por tão maravilhosa obra. Amém.

 

P. A. S. C.

A vida eterna e o Filho de Deus

A vida eterna e o Filho de Deus

1 João 5:12-21

 

 

 

"Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida" (v 12).

 

O homem é por natureza irresistivelmente religioso. Do mais simples caboclo ao mais ilustrado universitário, todos crêem em um poder sobrenatural a quem tributam honra. Os hindus, por exemplo, consideram os animais como corpos de divindades invisíveis, às quais servem. Não se alimentam de suas carnes, não os matam, permitem que se reproduzam livremente. Os budistas acreditam que dominando a vontade libertam o espírito, tornando-se semelhantes ao Buda. Os maometanos crêem que se cumprirem as leis do Alcorão e peregrinarem a Meca, terão um lugar garantido no céu, junto a Alá. Os católicos acham que orando aos santos e praticando boas obras constroem uma morada no céu. Enfim, todas as religiões têm em comum a doutrina de que as portas do céu são abertas por ações humanas.

Mas o nosso texto é contundente. Ele afirma de modo enfático que a vida eterna ou entrada no céu está diretamente relacionada ao Filho de Deus!

Essa vida tem dono, diz-nos a Bíblia, não se encontra distribuída pela natureza, podendo ser naturalmente adquirida, conquistada ou comercializada. Ela é essência da própria pessoa de Deus, e absolutamente condicionada à sua soberania: dá a quem quer e quando quer! Daí a tremenda afirmação do apóstolo: quem não tem o Filho, não tem a vida! Por mais correta ou religiosa a pessoa, por maiores suas qualidades morais ou intelectuais, se não tiver o Filho, não tem a vida!

A grande questão, portanto, para o homem alcançar o céu é: Como ter o Filho?

A resposta está na misericórdia de Deus. É a misericórdia de Deus, movida pela súplica da alma corrupta que anseia pela santidade, que regenera o homem! É esse desejo de santidade, que inexplicavelmente brota no coração humano quando ouve a Palavra de Deus, que leva a alma ao Filho; e esse anseio não tem origem na natureza humana, mas provém do Espírito Santo! Assim, "Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações" (Hebreus 3:7-8); e essa exortação, longe de significar que o homem possui poder para impedir a ação de Deus a seu favor, é um alerta, para que não tenha que passar por um duro quebrantamento ou doma, como aconteceu com Paulo no caminho de Damasco!

 

Senhor Deus. Não nos permita, nunca!, colocar nos ombros humanos os méritos da salvação; mas que nossas almas contemplem sempre e  tão-somente a tua graça. Em nome de Jesus. Amém.

 

P. A. S. C.

O Espírito de Sabedoria

O Espírito de sabedoria

Efésios 1:15-23

 

 

"Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele" (v 17).

Falando aos irmãos de Éfeso sobre as benções de Deus em Jesus Cristo, autor da nossa redenção  e cabeça da Igreja, Paulo informou que orava por eles, para que recebessem de Deus a graça do 'espírito de sabedoria'. E nesse texto Paulo, inspiradamente, glorificou a Trindade: Deus Pai - o Pai da glória -, Jesus Cristo – o Filho encarnado – e o Espírito Santo - Deus de sabedoria e de revelação. E a ação do Espírito de sabedoria é iluminar os 'olhos do coração', de modo que o crente identifique a esperança de sua chamada e a riqueza gloriosa de sua nova posição diante de Deus.

Essa revelação, no entanto, tem sido um espinho na vida de muita gente. A humanidade vive um delicado momento, rejeitando qualquer tipo de autoridade, leis, moralidade, ensinos, deveres e responsabilidades. Quer unicamente expressar seu interesse e vontade, desconsiderando as conseqüências. Nas questões religiosas, funda seitas anárquicas, que não se envergonham de lhe dar o senhorio da salvação.

Mas a verdade é contundente, não deixa dúvidas, e vai direto ao cerne do problema. A salvação, e tudo que dela decorre, provém exclusivamente de Deus! O homem é tão somente o objeto ou foco desse amor divino. Ele nada fez por merecê-lo, só o recebe! Paulo informa ainda que fomos escolhidos em Cristo desde antes da fundação do mundo, que temos nossa redenção na pessoa e obra de Jesus, que pelo Espírito adquirimos consciência da nossa riqueza celestial, sendo selados divinamente e transformados de inimigos em louvadores da glória e graça de Deus.

A Trindade dispensa a colaboração do homem na obra regeneradora e não pede  autorização para realizá-la! E esse é um dos conhecimentos revelados pelo Espírito da sabedoria, que assim dá ao novo homem a visão do incomensurável amor de Deus para consigo.

Senhor. Nós te agradecemos porque um dia, na tua eternidade, nos amou e nos fez membros da tua família. Em nome de Jesus. Amém.

P. A. S. C.

Testemunhas de Cristo

Testemunhas de Cristo

Atos 1:6-11

 

 

 

"Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (v 8).

Pouco antes de ascender aos céus, após ter completado a obra salvadora, Jesus glorificado dá as últimas instruções à Igreja: seria sua testemunha no mundo!

Mas antes dessa informação, o Senhor Jesus fez questão de exaltar o seu Santo Espírito ao responsabilizá-lo pelo primeiro ministério da Igreja. O testemunho da Igreja não estaria, pois, em ombros humanos, mas divinos.

 Para ser uma testemunha de Jesus o Espírito Santo regenera o homem (João 3:3-5), o que lhe possibilita reconhecer a divindade de Jesus e sujeitar-se à sua soberania (1 Coríntios 12:3), e dá-lhe poder para testemunhar essas verdades.

É o Espírito Santo quem nos chama, justifica e glorifica (Romanos 8:30), além de nos capacitar para falar da pessoa de Jesus e de sua obra, em casa, no bairro, cidades, 'até os confins', atividade essa que exercida, gera galardões celestiais: "Todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus" (Mateus 10:32).

Senhor Deus Espírito Santo. Mova-nos a sermos ousadas testemunhas de Jesus, até nos 'confins da terra'. Que exaltemos sua pessoa e obra! Amém.

 

P. A. S. C.

O Ensinamento útil

O Ensinamento útil

Isaías 48:12-21

 

"E agora o Senhor Deus me enviou juntamente com o seu Espírito. Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho que deves andar" (vv 16 e 17).

 

Temos aqui uma extraordinária mensagem profética sobre o Senhor Jesus, apresentando-o não só como o Redentor Santo de Israel mas como o próprio Deus de Israel, diretamente comprometido com a pedagogia e condução do seu povo.

Vivemos numa época de alta tecnologia, principalmente na área da informática e comunicação. Com o simples apertar de um botão temos acesso a milhares de informações, podendo adquirir qualquer tipo de conhecimento. Viajamos virtualmente pelo mundo todo, do pico do Everest às fossas abissais dos oceanos, dos desertos às densas florestas tropicais. Investigamos com nossas lentes tanto os confins do universo como a intimidade da matéria. Somos introduzidos rapidamente nos centros universitários e de pesquisas, nos museus e bibliotecas do mundo todo. Invadimos e somos invadidos em nossos lares por pessoas desconhecidas que sempre têm algo a nos oferecer ou requerer. Essa é nossa realidade, somos dessa geração.

Mas a fantástica tecnologia e o assombroso volume de informação não conseguem erradicar as misérias humanas; ao contrário, aumentam-nas. Não produzem amor, paz, alegria ou qualquer outra bem-aventurança, mas ódio, guerra e tristezas. Vemos estarrecidos nações, antes guiadas por rígidos códigos cristãos, tornarem-se piratas, saqueando e destruindo com a tecnologia as suas lideradas. E é para esse momento a exortação de Isaías.

A sociedade tecnológica desconsidera a Bíblia, e tudo procura fazer para desacreditá-la. Mas a Bíblia continua solene, como único caminho para a felicidade humana, pois é dela que emerge a pessoa trina de Deus, que ao se apresentar ao espírito humano, transforma-o, dando-lhe vida eterna. É nela que esse novo homem encontra o alimento espiritual para viver corretamente. É nela que a palavra de Jesus se expressa, 'ensinando o que é útil', e onde o seu Espírito se aloca para guiá-lo pelo 'caminho que deve andar'. O mundo ensina o ímpio, Jesus, a sua Igreja, e o faz através da Bíblia.

 

Senhor. Abre nossos ouvidos para os teus ensinamentos e guia-nos pelo caminho correto. Em nome de Jesus. Amém.

 

P. A. S. C.

O coração intranqüilo

O coração intranqüilo

1 João 3:19-24

 

 "Porque se o coração nos condena, maior é Deus que o nosso coração, e conhece todas as coisas" (v 20).

Como saber se somos verdadeiramente salvos, que essa salvação é uma realidade e não uma mera imaginação ou fantasia? Essa foi a questão apresentada a João e que motivou sua resposta.

João, também conhecido como o 'apóstolo do amor', afirmou aqui que dois são os sinais que acompanham o salvo e dão testemunho de sua salvação: o amor e a palavra de Deus.

Deus é amor, portanto, sua única fonte. É só dele que pode emanar amor, razão da criação e da salvação. Porém o amor é como a vida, sempre se movimenta, gerando ações concretas. Assim, os movimentos do amor no homem confirmam sua salvação; sua ausência aponta para a possibilidade da falta dela. Digo possibilidade porque João enfatizou, não os movimentos do amor mas a palavra de Deus, como testemunha da salvação!

Se o cristão for acometido pela dúvida da salvação, até porque não identifica em si os movimentos do amor, João inspiradamente o ensina a se apresentar em oração diante do próprio Deus e buscar em sua palavra o testemunho da salvação: "O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Romanos 8:16). É o testemunho da Bíblia que livra o cristão da dúvida da salvação, trazendo refrigério ao seu coração.

Senhor Deus. Tu és Senhor de todas as coisas, inclusive do nosso coração, o qual conhece perfeitamente. Quando ele se angustiar pela dúvida da salvação, socorra-nos imediatamente com o seu testemunho verdadeiro, libertando-nos dessa opressão maligna. Em nome de Jesus. Amém.

 

P. A. S. C.

Orando pelas autoridades

Orando pelas autoridades

1 Timóteo 2:1-6

 

 

"Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e  por  todos os que exercem autoridade, para que tenham uma vida tranqüila e sossegada, em toda piedade e honestidade"  (vv 1 e 2).

Orar é a maneira do filho de Deus exercer a graça da intimidade com Deus. Através da oração conversamos com o soberano do universo, não só louvando seus feitos como suplicando benções pessoais e coletivas. Em nosso texto, Paulo exorta o irmão Timóteo e Igreja a orar pela humanidade, especialmente pelas autoridades, de modo que elas, sendo corretas, tragam tranqüilidade e bem-estar a todos.

Quando o povo de Deus ora pela humanidade, por uma pessoa ou pelas autoridades está agindo segundo a vontade de Deus, o que garante sua realização (1 João 5:14-15). Porém deve saber que essa oração independe da atuação da autoridade, do seu próprio posicionamento político ou o de sua congregação. Ela deve objetivar o encontro da paz pelo líder e na sua conseqüente mudança de caminho.

Portanto, povo de Deus, devemos suplicar, orar e interceder, com ações de graças, pelo Brasil, principalmente nesses momentos que antecedem a escolha de nossos líderes políticos, nacional e regionais. Precisamos que boas lideranças sejam despertadas e pessoas corretas se disponham a servir sua pátria e a Deus. Isso nos trará 'uma vida tranqüila e sossegada, em amor e honestidade'.

Senhor Deus. Habitualmente somos críticos ferinos das autoridades e egoístas nas relações pessoais. Porém, nesse momento, rogamos por autoridades honradas, que saibam da enorme importância de seus cargos, e  por libertação do espírito mesquinho e corruptor, sempre querendo levar vantagem. Em nome de Jesus. Amém.

 

P. A. S. C.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A cobiça e a inveja


A cobiça e a inveja
Tiago 4:1-12

"Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Cobiçai ... Invejai ..." (v1-2).

Dia desses, li no jornal [1] o artigo de um jornalista e escritor sobre nossos momentos, que transcrevo:

"No século passado, os deuses da embriaguez e da destruição mantiveram os seres humanos de joelhos diante dos altares da guerra. Eles nos impuseram a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918. Depois, a Guerra Civil Espanhola, de 1936 a 1939. Na esteira da Segunda Guerra Mundial, de 1939 a 1945, fizeram-nos engolir os conflitos da Coréia, do Vietnã, dos Seis Dias e do Yom Kippur, para citar apenas alguns.
Nos anos 80, argentinos e ingleses se ajoelharam, nas Malvinas (ou Falklands), nos templos ensangüentados de deuses movidos pela fúria e pela cobiça. Ambos os exércitos caíram de joelhos, pois os donos da guerra não distinguem vencedores ou vencidos, já que são todos vítimas da desumanização.
Na América Latina, a Guerra Fria desaguou no lodaçal das ditaduras militares, que se multiplicaram a partir da revolução cubana de 1959. No Brasil, os militares depuseram o presidente João Goulart, que fugiu para o Uruguai e morreu no exterior, em 1976. Mantiveram-se no poder durante duas décadas, estimulando inclusive a implantação de outros regimes totalitários em países vizinhos, como Argentina, o Chile e o Uruguai. Em decorrência, criou-se uma espécie de multinacional da repressão. Muita gente morreu em conseqüência da defesa pacífica de suas idéias. Adversários políticos das ditaduras foram encarcerados, alguns foram assassinados nas prisões, outros simplesmente "desapareceram". Em Santiago, no Chile, os cadáveres das vítimas do regime do general Pinochet atravessavam a cidade boiando nas águas do rio Mapocho, para o regozijo dos deuses da destruição.
As ditaduras se foram em marcha batida, pela porta dos fundos da história. Caiu o muro de Berlim, desapareceu a União Soviética. As mudanças trouxeram ganhos, mas as perdas persistem. Mais, ampliam-se. Aprofundam-se as zonas de miséria e os desequilíbrios sociais. O terrorismo surpreende. A droga viaja pelos cinco continentes. A violência urbana explode. Os seres humanos destroem o meio ambiente, queimam as florestas, esgotam as reservas de água potável, eliminam até as línguas.
A década de 90 registrou a Guerra do Golfo, com seus "ataques cirúrgicos"; a Guerra da Bósnia, quando os sérvios se despiram das roupas civilizadas e avançaram sobre os bósnios e croatas como lagartos insaciáveis. Revelou a sanha destruidora da Indonésia contra os habitantes de Timor Leste; a brutalidade dos hutus, que eliminaram 1 milhão de Tutsis, em Ruanda. Mostrou combates armados no Afeganistão, na Armênia, na Argélia, no Azerbaijão, na Líbia, no Burundi, na Somália, no Tibete, no Zaire, no Líbano, na Geórgia, no Sri Lanka, no Curdistão e na Irlanda do Norte.
Na segunda Guerra Mundial houve momentos de rara violência, como os bombardeios a Hiroshima (90 mil mortos) e Nagasaki (70 mil). Mas nada superou os ataques aéreos contra a cidade alemã de Dresden, em 13 e 14 de fevereiro de 1945, quando morreram 135 mil pessoas. A tragédia sublinhou a insanidade da guerra e enlutou para sempre a memória dos seres humanos, mas o povo alemão, encerrado o conflito, pôs-se em pé e reconstruiu a cidade. Reergueu-a do pó e da cinza, de maneira inacreditável – e quase milagrosa. Agora, as enchentes, na Europa, castigaram duramente algumas regiões da Alemanha – e arrasaram Dresden. No século 21, os deuses da embriaguez e da destruição já não chegam somente nas asas da guerra. Eles vêm montados na própria natureza. Vingam-se das agressões por ela sofridas. Descem nas águas das inundações, invadem a atmosfera com inconcebíveis nuvens de poluição, acabam com as geleiras, extinguem-se espécies. Os deuses da insensatez e da morte talvez ainda sejam os mesmos, mas, hoje, usam formas diferentes de manifestar o seu desencanto, a sua desilusão com os destinos humanos".

Isso, e muito mais, é o resultado da ação da cobiça e inveja. Se nos fosse possível investigar as verdadeiras razões por trás de cada uma dessas lutas descritas no texto veríamos a presença da cobiça e inveja; elas foram perfeitamente identificadas por Tiago como causas últimas das guerras e lutas dos homens, responsáveis diretas pela crucificação do Senhor Jesus. Senhor. Livre-nos da cobiça e da inveja, por amor do seu nome. Amém.

Pedro Alaor

[1] Folha de São Paulo, 31/10/02, artigo de Rodolfo Konder.

O auto-exame


O auto-exame
1 Coríntios 11:17-34

"Examine-se pois o homem a si mesmo ..." (v 28).

Paulo instruía os irmãos de Corinto sobre a Ceia do Senhor, e expressando sua terrível solenidade falou: "De modo que qualquer que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor" (v 27), concluindo pela imprescindível e prévia auto-avaliação espiritual de todos os participantes.

O homem espiritual é proclamado por Deus justo e digno, e deve viver segundo essa realidade. Precisa aprender a discernir seus pensamentos, desejos e atos à luz da Bíblia e sob o poder do Espírito Santo, de modo a sempre ser agradável a Deus; para isso, deve desenvolver o auto-exame. Disse alguém que o auto-exame é uma pausa, um momento em que olhamos despretensiosamente para nós mesmos e falamos francamente conosco. Nesse processo, devemos nos investigar, desnudar as secretas intenções que verdadeiramente motivaram nossos atos, lançando sobre elas a luz da palavra de Deus. Nossas motivações enganosas, nossos atos errados, nossos pensamentos indevidos devem nos constranger e nos levar a confessá-los ao Senhor, ao mesmo tempo que oramos para sermos impedidos de praticá-los novamente. Enquanto não formos glorificados, quando da volta do Senhor, temos que conviver com o anseio carnal e de santidade; somos a arena dessa luta e nossa vontade, a taça da vitória (Gálatas 5:17). Mas não somos chamados como meros espectadores, mas cooperadores. Através da consciência regenerada podemos discernir o que provém ou do coração enganoso ou do regenerado e agir favoravelmente a este, expressando os anseios de santidade, repudiando o mal; por outro lado, o prazer nas coisas do mundo indicam a preponderância da 'carne', devendo ser prontamente tratado, pois ele não agrada a Deus.

O auto-exame é, pois, de suma importância à Igreja, um vital exercício de disciplina cristã. Houve tempo em que essa disciplina era o cerne da prática cristã, mas infelizmente tem sido, hoje em dia, muito negligenciada. E ainda que não se pregue sobre ela, não se fale dela, não se pratique, continua sendo de grande importância para o desenvolvimento espiritual do povo de Deus.

Senhor. Não só somos examinados por ti como devemos nos auto-examinar; ambos os casos são métodos disciplinares que nos fazem crescer no discernimento espiritual, favorecendo-nos ao nos impedir de praticar ações que desagradam ao Senhor. Faça-nos prósperos nesse ministério. Em nome de Jesus. Amém.

Pedro Alaor

A libertação de Jesus

A libertação de Jesus
Lucas 4:17-20

"Para por em liberdade os oprimidos" (v 18).
Jesus ensinava na sua aldeia de criação, Nazaré, e segundo seu costume foi à sinagoga no sábado. A sinagoga era o local de reunião dos religiosos do judaísmo não só para o ensino doutrinário como para a adoração a Jeová; e como acontecia às vezes um visitante mais ilustre era convidado a ler a Lei ou os Profetas e pregar.
O Senhor Jesus foi então convidado a ler o rolo do profeta Isaías, mais precisamente as palavras que falavam do seu ministério messiânico: a libertação dos aflitos. Após a leitura, entregou o rolo ao assistente e confirmou que fora para aquele momento enviado, para abrir o reino de Deus aos homens.
Somos todos cativos nesse sistema de trevas, prisioneiros da dor, escravos das concupiscências e da soberba, do amor próprio, e, ainda, naturalmente desprezamos a pessoa de Deus. Olhamos ao nosso redor e o que vemos senão intolerâncias, lutas, sofrimentos, mortes, violências, desamor, ganância, ambição, vaidade? Por mais que procuremos em nós mesmos ou nos técnicos da alma - psicólogos, psiquiatras, religiosos, conselheiros diversos -, a solução para nosso cativeiro, não a encontramos! Todos estamos no mesmo barco, somos todos impotentes para nos salvar ou salvar o próximo! Por mais que busquemos fugir de nós mesmos através das novidades, das emoções, dos sentimentos, do fazer, não conseguimos; só confirmamos ainda mais a nossa cadeia! E, no meio de toda essa insatisfação pessoal, familiar, profissional, financeira, ainda somos obrigados a transportar um corpo que envelhece, que morre a cada dia, que momento a momento se deteriora! Qual nosso futuro? A morte!
Mas foi exatamente para tratar com isso, com a desesperança, com nossas cadeias, com nosso opróbrio, com nossa escravidão, e nos dar um futuro, que Jesus veio ao mundo e leu as palavras proféticas de Isaías, naquele memorável momento em Nazaré. E após uma vida impecável, uma trágica morte e uma maravilhosa ressurreição, o Senhor Jesus cumpriu a lei que nos era contrária, abrindo as portas da salvação, para que pelo poder do Espírito Santo pudéssemos atravessar!
Ele disse: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mateus 11:28), e assim mostrou-se o único libertador! E se você está cansado e oprimido, seu único caminho é Jesus, caminho esse que só pode ser percorrido no poder do Espírito de Deus, sob a luz da sua bendita palavra. E se você sente desejo pela libertação de Jesus é porque o próprio Espírito Santo o chama no coração, fora de sua consciência, e isso deve ser seu motivo de júbilo, pois lhe está sendo revelado a sua eleição para a vida eterna!
Senhor। Tanto o ímpio como o eleito para a vida eterna ainda morto em delito e pecados sofrem opressão nesse mundo. Sua mensagem salvadora, como sol se derrama sobre os dois, mas sabemos que só os seus eleitos ouvirão sua voz e a seguirão! Bendigo sua justiça que aplica a lei ao ímpio e sua graça que, baseada no cumprimento da justiça da lei por Jesus, liberta o eleito, aquele que cansado e oprimido é trazido pelo Espírito Santo a Jesus. Amém.
PASC