O Retorno de Manassés
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Crônicas 33:9-16
“E lhe fez oração, e Deus se aplacou para com
ele, e ouviu a sua súplica, e o tornou a trazer a Jerusalém, ao seu reino. Então
conheceu Manassés que o Senhor era Deus” (v 13).
Ezequias
foi um grande rei em Jerusalém, agraciado com inúmeras bênçãos por Deus. Lutou
contra a idolatria de Israel, destruindo ídolos, altares e fetiches. Seu filho
Manassés assumiu o trono aos doze anos de idade e reinou por cinqüenta e cinco
anos em Jerusalém. Ao contrário do pai, Manassés reavivou a idolatria,
construindo altares aos deuses pagãos, inclusive dentro dos muros do templo
consagrado a Jeová! Fez passar seus filhos pelo fogo, usou adivinhos,
feiticeiros e encantadores, trazendo sobre si a ira de Deus: “E Manassés tanto fez errar a Judá e aos
moradores de Jerusalém, que fizeram pior dos que as nações que o Senhor tinha
destruído de diante dos filhos de Israel” (v 9). Que
tragédia!
Mas
o tratamento espiritual de Manassés veio através das próprias nações pagãs, das
quais retirara muitos dos seus ídolos! Os assírios, violentos guerreiros,
prenderam Manassés e o levaram acorrentado como um animal para Babilônia.
Humilhado, desterrado, maltratado por inimigos ferozes e sem poder contar com a
ajuda de seus ídolos, Manassés fez a única coisa correta: olhou aos céus e
suplicou a Jeová - “Orou deveras ao
Senhor seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seu pai” (v
12).
Na
sua terrível humilhação, Manassés foi ouvido por Deus, que o livrou não só do
cativeiro como o restabeleceu no trono em Jerusalém; e, após esse tratamento
contra sua soberba, Manassés veio a conhecer verdadeiramente que o 'Senhor é
Deus'.
O texto nos ensina a
importância do foco de nossa religiosidade. Quando fora da pessoa de Deus,
servindo ídolos mortos, idéias, pensamentos, valores morais ou materiais,
enquanto os acontecimentos são favoráveis, o homem se exalta e continua na
servidão; porém, quando as águas são amargas, quando as tempestades se abatem,
ele não pode contar com essa religiosidade; entra em pânico e em desespero!
Nessa hora, como é bom poder recorrer ao fiel ‘Deus de seu pai’, e a ele se
entregar! Ele é pessoa, ouve, fala, se compadece, pode ajudar e dar
livramento!
Mas antes, devido a
rebeldia soberba, deve vir a humilhação, meio que expõe a real natureza humana,
nua e cruamente, que horroriza e leva o homem a ansiar pelo Senhor. Nessas
condições, o coração benigno de Deus, movido pela misericórdia, perdoa e dá nova
vida em Cristo Jesus. Cada um de nós, povo de Deus, trazemos as marcas de muitas
humilhações ou domas, após as quais passamos a testemunhar que o 'Senhor é
Deus'!
Senhor. Cada membro de sua Igreja reconhece que o
‘Senhor é seu Deus’. Nossas humilhações são pessoais ou particulares, por isso
variadas, não existindo duas idênticas. Porém, no tempo certo e sob sua correta
disciplina ou doma, olhamos para os céus, sendo agraciados com a visão de sua
soberana pessoa. Damos graças por cada uma de nossas tragédias pessoais,
necessárias para nosso quebrantamento. Em nome de Jesus. Amém.
PASC
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