quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Minhas testemunhas!

Minhas testemunhas!

Lucas 24:36-49

"Vós sois testemunhas destas coisas" (v 48).

Para cumprir as Escrituras, expressando-se como Senhor também da morte, Jesus ressuscitou dos mortos e apresentou-se aos seus discípulos. Esses, sem compreenderem as Escrituras e ainda incrédulos quanto a divindade de Jesus, não podiam crer na ressurreição, e quando Jesus se apresentou corporalmente, ficaram perplexos, não sabendo o que fazer. Jesus tratou com eles: mostrou-se em carne e osso e até expôs suas cicatrizes; mas mesmo assim não puderam crer!

A incredulidade dos discípulos provou mais uma vez que a "Carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus" (1 Coríntios 15:50), pois mesmo tendo visto Jesus ressurreto não puderam acreditar, e sem a fé na sua divindade não estariam salvos; Jesus, então, os levou às Escrituras e pregou-lhes sobre o sofrimento do Messias. E o milagre se fez: passaram a entender a Bíblia, o primeiro vagido do homem espiritual! Jesus os fizera nascer do Espírito!

Ainda sob o impacto desse nascimento, Jesus os comissionou a serem suas testemunhas no mundo. Deveriam falar dos acontecimentos que presenciaram envolvendo sua pessoa, tanto do seu ministério e morte como da sua ressurreição. Porém, antes de iniciar a tarefa, deveriam permanecer quietos, em Jerusalém, até serem revestido do 'poder do alto'!

Temos aqui outra poderosa lição sobre a soberania de Deus. Não nos é difícil imaginar a alegria, a efusividade, o dinamismo dos discípulos ao nascerem do Espírito naquela situação tão especial, única na Igreja! Podemos entender que estariam dispostos a agir imediatamente para Jesus, mas, ao invés do 'podem ir', ouviram o "Até serem revestidos do poder do alto" (v 49)! Sabemos que a negativa não agrada ao homem, mesmo o espiritual, principalmente quando quer agir para Deus. Mas os discípulos haveriam de aprender que não seriam meros narradores de fatos miraculosos, mas 'testemunhas de Jesus sob o poder do alto'. Era necessário que soubessem que, apesar de honrados com a missão, eram incapazes de executá-la por si mesmos, e precisavam da verdadeira força, a que move todo evangelismo autêntico, o que é produtivo e traz vidas ao Senhor: o Espírito Santo! E isso é uma grande lição para nossos dias.

Freqüentemente ouvimos dos santos púlpitos sermões grandiloquentes, exortando os crentes a saírem desabaladamente para o evangelismo, mas quase nunca ouvimos o 'aguardar o poder do alto'! Parece-me que esse poder não é necessário para a Igreja; que pode ser dispensado, pois não faz falta; que o importante é a vontade do homem em operar para Cristo! Não se ouve exortações sobre a insignificância do crente, sobre sua fraqueza em toda e qualquer área da vida espiritual e da necessidade, em tudo, da graça de Deus! Não se fala que o tal poder não decorre de cultura, finanças ou tecnologia, não podendo ser adquirido nem mesmo pela boa vontade ou ousadia do salvo, mas que requer a pessoa e a unção do próprio Deus!

Podemos com absoluta certeza afirmar que a nossa dependência de Deus é maior que o nosso operar para Deus, e que as qualidades pessoais no evangelismo são nada, e só o Espírito Santo conta! Em Pentecoste o evangelismo produtivo do Espírito Santo através dos discípulos aconteceu, conforme profetizado, e Pedro testemunhou de Jesus sob o poder do alto, e milagres aconteceram! E esta continua sendo a mensagem de Deus até nossos dias: testemunhar de Jesus sob o poder do Espírito Santo! E o que isso verdadeiramente significa, só a graça de Deus nos pode revelar.

Senhor. Faça-nos sempre ter consciência de nossa insignificância nas coisas que envolvem seu reino. Em nome de Jesus. Amém.

PASC

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